Cooperação entre a Apta Regional e a Universidade Estadual Paulista (Unesp) visa impulsionar a pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D+I) para a agricultura familiar e comunidades tradicionais inseridas na Mata Atlântica. O projeto irá trazer o fortalecimento de cadeias produtivas sustentáveis, com produtos como bambu, cacau, palmito e fruto da palmeira juçara, plantas ornamentais tropicais e outros produtos da sociobiodiversidade. A assinatura do acordo de cooperação técnico-científica ocorreu na última terça-feira (03).
A pesquisadora da Apta Regional de Ubatuba Isabel Fernandes Pinto Viegas, coordenadora do projeto, destaca a importância de apoiar essas comunidades, que enfrentam desafios como baixa produtividade, insegurança alimentar e condições precárias de trabalho. O trabalho conjunto das instituições envolvidas irá combinar conhecimentos e experiências para desenvolver e implementar soluções tecnológicas avançadas e práticas sustentáveis. Nesse sentido, estabelecer um compromisso de longo prazo entre a Unesp e a Apta Regional é crucial para promover a inovação e o conhecimento e investir no futuro das comunidades de modo a promover a sustentabilidade econômica da atividade produtiva, inclusão social, valorização das culturas tradicionais e preservação do meio ambiente.
Além disso, o potencial de culturas como cacau, juçara e bambu é ressaltado, em virtude de sua capacidade de gerar renda, promover a segurança alimentar e contribuir para a conservação ambiental. A criação de negócios sustentáveis, alinhados com critérios ESG (ambientais, sociais e de governança), também é destacada como uma estratégia-chave para impulsionar o desenvolvimento econômico local de forma responsável.
Isabel ainda ressalta que a metodologia proposta envolve o estabelecimento de equipes multidisciplinares, análises detalhadas das demandas locais, desenvolvimento colaborativo de projetos de P&D+I, implementação de uma incubadora de empreendimentos sustentáveis, capacitações técnicas colaborativas, programas de estágio e formação profissional, e oferta de cursos técnicos profissionalizantes. “Esses métodos serão implementados de forma integrada e colaborativa, visando promover o desenvolvimento sustentável e inclusivo do território, através da capacitação, inovação e fortalecimento do empreendedorismo local”, detalha a pesquisadora.
Por meio desta cooperação, espera-se que a integração de saberes e competências amplifique o dinamismo e potencial das atividades, promovendo um ambiente ainda mais produtivo e colaborativo para o desenvolvimento territorial.
Com informações de Lisley Silvério (Foto: Divulgação/Arquivo OPR)
