
Ao longo de mais de quatro décadas de atuação no Instituto de Botânica de São Paulo, a pesquisadora Maria das Graças Lapa Wanderley construiu uma trajetória marcada por produção científica consistente, pela formação de novas gerações de botânicos e pela participação em alguns dos principais esforços de documentação da flora paulista e brasileira. Bacharel em Biologia pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), com mestrado e doutorado pela Universidade de São Paulo (USP), Graça — como é conhecida pelos colegas — consolidou-se como referência nas áreas de taxonomia, sistemática e filogenia de Xyridaceae e Bromeliaceae. No Instituto, foi chefe da Seção de Curadoria do Herbário SP na década de 1980 e participou da coordenação do Projeto Flora Fanerogâmica do Estado de São Paulo, iniciado em 1996.
Hoje aposentada, mantém um olhar atento sobre os rumos da ciência pública no país e sobre os desafios enfrentados pelos institutos de pesquisa de São Paulo. Sua formação em História Natural, o interesse pelas plantas e pelos animais despertado na infância nordestina e os caminhos que a trouxeram a São Paulo ajudam a compreender a pesquisadora que, mesmo após encerrar formalmente sua carreira no serviço público, segue contribuindo com reflexões, memória institucional e apoio à formação de novos profissionais.
Nesta entrevista concedida à Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC), Graça revisita momentos de sua trajetória, comenta avanços e impasses da pesquisa botânica e compartilha sua visão sobre o futuro da ciência paulista e brasileira.
APqC – Sua relação com a natureza começou ainda na infância, observando o quintal da casa em Olinda, Pernambuco. De que maneira essas experiências iniciais moldaram sua curiosidade científica e influenciaram o olhar que você desenvolveu ao longo da carreira?
Graça – Desde muito pequena tinha fascínio e curiosidade por tudo da natureza. Amava os animais, e continuo a cada dia fazendo contínuas observações do que eles representam para o Planeta. Mas o que mais me encantava desde cedo foram as plantas. Eram minha paixão; eu tinha uma curiosidade em saber como elas eram com todos os seus detalhes, formas, cores e aromas. Já era uma iniciante em morfologia vegetal, com o olhar puro de uma criança. Algumas das plantas do quintal da nossa casa em Olinda ainda as aprecio, como a “colônia” (Zingiberaceae) com seu aroma peculiar e as lindas flores assimétricas e a “chuva de ouro” (Leguminosae), com lindos cachos amarelos e pendentes, eram meus xodós. Essas experiências espontâneas vividas na infância, eram indícios do caminho de pesquisadora já impregnado em mim, que segui com muita dedicação e paixão. Dessas tendências de amor pela natureza, posteriormente nascia uma naturalista. Tive o privilégio de ter cursado o antigo curso de História Natural, que no ano seguinte seria substituído pelo curso de Biologia. O curso de História Natural oferecia um leque amplo de disciplinas além da Botânica e da Zoologia, como a Mineralogia, Geologia, Climatologia e Ecologia, o que me ajudou na certeza de que eu estava no caminho certo. Durante o curso eu permeava entre a Botânica e a Zoologia, mas apreciava também a beleza instigante dos minerais, que aprecio até hoje. Até guardei meu livrinho de mineralogia e muitos livros de Botânica como relíquias preciosas.
Durante sua formação na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o contato com professores e projetos de iniciação científica foi decisivo. O que aprendeu nessa fase sobre o fazer científico e sobre a importância da observação no trabalho com as plantas?
A escolha pela botânica brotou muito cedo, ainda no segundo ano do curso, atraída pela disciplina de Morfologia e taxonomia Vegetal, daí aconteceu o casamento com a Botânica que germinou e floresceu. Fui contemplada e fortalecida por participar de estágios com ilustres professores. Estagiei com o Dr. Dárdano de Andrade Lima no Departamento de Ecologia da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), instituição onde me formei e em seguida no Instituto de Pesquisas Agronômicas (IPA) em Pernambuco, e com o meu professor de botânica, Dr. Geraldo Mariz, na UFPE. Assim foram meus primeiros ensaios com a pesquisa científica, participando de projetos de anatomia vegetal e taxonomia. Contei ainda com o Herbário IPA, cujo acervo contém uma valiosa coleção histórica, que representa muito bem a flora do Nordeste.
A decisão de deixar o Nordeste e vir para São Paulo representou uma grande virada em sua vida. Que fatores a motivaram a buscar o Instituto de Botânica e o que encontrou quando chegou a esse novo ambiente de pesquisa?
Não planejei deixar minha terra, mas surgiram oportunidades de trabalho para meu marido em São Paulo em 1973. Fui com a família para São Paulo, após poucos anos de casada, com dois filhos pequeninos, Ana Elizabeth, com dois anos, e Fabio José, com 1 ano. São Paulo era sempre visto como uma atração para a prosperidade e novas possibilidades profissionais. Ao mesmo tempo que meus olhos brilharam em pensar em fazer pós-graduação, sofri muito deixando minha querida mãe e a minha numerosa família de origem; meus pais tiveram 11 filhos, somando com os sobrinhos foi difícil a separação física. Com três meses morando em São Paulo a saudade bateu, voltei para casa de ônibus em viagem de três longos dias com as duas crianças. O retorno para São Paulo foi difícil, voltei com muitas saudades. Mas não tinha muito que desperdiçar tempo e energia, pois no ano seguinte, em 1974 nascia meu terceiro filhinho, o Cristóvão, trazendo alegria e me fez desacelerar para cuidar da maternidade e da família. Mas logo em seguida apareceu uma oportunidade de vaga para professor na Universidade Federal Rural de Pernambuco, e como o trabalho do meu marido estava instável resolvi concorrer e fui aprovada como professora. Mas para minha decepção optei em não assumir o cargo porque meu marido logo se reestabeleceu em outro emprego. Bom por um lado, mas tive que ter coragem para novas despedidas e mudanças de planos. Momento difícil, pois era ainda muito jovem, tímida, mas minha determinação me conduziu em ir para frente. Não esperei muito e logo procurei espaço na profissão, conseguindo um estágio na USP com a Dra. Nanuza Luiza de Menezes em Anatomia Vegetal. Ela me recebeu calorosamente e logo criamos laços de grande amizade, passando a conviver com minha família e eu com a dela. Foram alguns anos trabalhando com a Dra. Nanuza de muito aprendizado, sendo grata pelo que aprendi em anatomia vegetal, por ser ela uma grande mestre e especialista na área. Assim tive as portas abertas para o meu tão sonhado engajamento na Botânica, etapa marcante na minha carreira ao longo do estágio realizado como bolsista do CNPq, desenvolvendo pesquisas que culminaram em publicações.
Ao longo de sua trajetória no Instituto de Botânica, a senhora participou de estudos voltados à flora e à biodiversidade, sempre unindo o rigor técnico à sensibilidade com o meio ambiente. Que aspectos de suas pesquisas considera mais significativos e que contribuições elas trouxeram para a ciência paulista e brasileira?
Foi no Instituto de Botânica onde ingressei em 1976 que me estabeleci pelo restante das minhas atividades de cientista em pesquisas botânicas. No ano seguinte, em 1977 nasceu minha filha caçula Cristiana, trazendo alegria e me voltando mais ao lar. Pela primeira vez tive licença maternidade, pois dos demais filhos eu era bolsista. Fui admitida no Instituto de Botânica no cargo de Biologista, sendo alguns anos depois classificada como Pesquisador Científico nível III, evoluindo progressivamente nesta carreira até o nível máximo de Pesquisador científico nível VI, cargo que permaneci até a aposentadoria, ocorrida em 2017. Interessante destacar que minha admiração pelo Instituto de Botânica ocorreu alguns anos antes do meu ingresso na Instituição. Quando ainda morava em Recife, viajei para São Paulo e fui visitar a Biblioteca do Botânico. Ao subir a rampa de acesso foi tomada por pensamentos que me falavam do sonho de trabalhar nesta Instituição. O sonho se concretizou pouco tempo depois, quando foi aberto concurso para Biologista. Considero o Instituto de Botânica como a minha casa de desenvolvimento na pesquisa, com mais de 40 anos lá vividos como funcionária. Como pesquisadora, concluí o Mestrado e doutorado pela USP e depois me credenciei nos dois cursos de pós-graduação (IBt e USP), formando vários alunos de Mestrado e Doutorado. Tenho uma profunda gratidão pelo acolhimento recebido e pela imensa possibilidade de vida profissional gratificante e de bom convívio ocorrido no Botânico, onde ainda frequento o Herbário mantendo uma aluna que recentemente defendeu seu doutorado.
A pesquisa em botânica envolve paciência, tempo e muita atenção aos ciclos da natureza. Como era o seu trabalho no campo e no laboratório? Que descobertas ou resultados considera mais marcantes em sua trajetória científica?
Comparo a pesquisa em botânica como um sacerdócio, precisamos ter de fato muita paciência e resiliência. Não apenas pelo trabalho do taxonomista requerer etapas detalhadas e às vezes aparentemente invisíveis para o público, como coletar a planta em seu habitat, analisá-la e confirmar sua identidade. Para executá-lo é preciso ter dom e somar muito conhecimento do grupo em estudo; ou seja, anos de estudo de campo e de laboratório. O trabalho de campo é prazeroso, mas temos que enfrentar muitas vezes locais de difícil acesso e desafiadores. No laboratório, além da análise das plantas, são necessárias pesquisas de obras originais antigas e muitas vezes escritas em latim, sendo em geral uma literatura de pouco acesso. Outro trabalho de muita dedicação refere-se à análise das coleções botânicas nos herbários, o que demanda dedicação e persistência. Além disso não havia na época material de herbário disponível na Internet como nos tempos atuais. Era preciso visitar os Herbário, sendo que a maioria do material tipo das espécies brasileiras está no exterior. Graças aos recursos que me foram concedidos realizei inúmeras viagens aos Herbários brasileiros, da Europa, dos Estados Unidos e outros herbários latino-americanos, provenientes de projetos de pesquisa financiados pela FAPESP e CNPq, como o Reflora, e com o Grant da Bolsa de produtividade em Pesquisa (CNPq) que fui contemplada por vários anos. Visitei herbários famosos e importantes, dentre eles o Museu de História Natural de Paris (P), do Kew Gardens (K) e o de Estocolmo (S) na Europa e NY E US, nos Estados Unidos, além do Darwinion (IBODA) na Argentina, dentre outros. Nestas visitas dediquei-me especialmente a duas famílias de Monocotiledôneas, Bromeliaceae e Xyridaceae muito ricas em espécies, tornando-me especialista nas mesmas. Tanto as expedições botânicas como aos Herbários apoiaram também projetos dos meus alunos, atualmente professores espalhados por diversas Universidades do País.
Em um depoimento disponível na internet, a senhora fala sobre a importância do trabalho coletivo e do aprendizado com colegas mais experientes. Poderia citar o nome de alguns com os quais trabalhou no início de carreira e que foram determinantes na qualidade de sua produção científica?
Além dos professores que citei acima que influenciaram no meu início como estudante, na fase profissional, agradeço a alguns pesquisadores, como Dr. Carlos Bicudo que foi um dos meus primeiros chefe e curador do Herbário SP, que sempre o admirei pela sua brilhante carreira. Aprendi com ele a política de Herbário e o valor das coleções científicas. Mais tarde me tornei curadora do Herbário SP, período de grande aprendizado e de intercâmbio científico. Até hoje tenho especial desejo de visitar herbários por nos trazerem valiosas informações sobre as plantas e por constituir uma ferramenta indispensável para o trabalho do taxonomista. Sou muito grata a Dra. Therezinha Melhem, que inicialmente foi minha orientadora de mestrado e depois parceira na coordenação e editoração do Projeto Flora Fanerogâmica do estado de São Paulo. (FFESP). Continuei aprendendo com esta brilhante cientista. Citaria ainda os demais editores da Flora de São Paulo, Dra. Ana Maria Giulietti Harley que foi também minha orientadora de doutorado, além de comadre e amiga, ao Dr. George Shepherd um dos coordenadores do FFESP que enfrentou junto com a equipe coordenadora todos os desafios iniciais do projeto, administrando conjuntamente a gigante estrutura de um Projeto Temático FFESP, cujas demandas e de trabalhos realizados são incomensuráveis. Fomos muito resilientes e só pela equipe formada conseguimos publicar oito valiosos volumes da Flora de São Paulo, sendo sete impressos e um on line. O Oitavo volume já contou com a coordenação atual, Dra. Inês Cordeiro. Destaco ainda a participação dos demais editores que fizeram um trabalho conjunto gigantesco de editoração, Suzana Martins, Mizué Kirizawa, Rebeca Romanini, além dos assistentes Tania Cerati, Viviene Oliveira, Gisele Silva, Bianca Moreira, Anderson Santos, Fatima Sousa, M. Margarida F. de Melo e Cileide L. da Silva. Tempos dourados de produção científica, e de coletividade muito agradável deste incrível projeto, nacional e internacionalmente reconhecido. Não poderia deixar de citar os coordenadores de famílias no FFESP e os inúmeros autores colaboradores, revisores e ilustradores botânicos. Cito ainda os colegas pesquisadores científicos, sem nomeá-los pela grande lista, mas que colaboraram ou ainda colaboram para o desenvolvimento da pesquisa científica de excelência desenvolvida no Instituto de Botânica, única instituição do País que desenvolve pesquisa nas mais diferentes áreas da botânica, algas e com fungos. Sempre reforçamos o apoio da FAPESP que apostou nesta proposta de temático, inicialmente encabeçada pelo Dr. Hermógenes Leitão Filho, prorrogando o prazo por algumas renovações. Sem os recursos concedidos não teríamos esta produção valiosa, além das viagens propiciadas no período inicial realizadas ao campo e aos herbários. Sempre prezei o trabalho em equipe e isso me era gratificante formar novos profissionais. Como credenciada em alguns programas de pós-graduação como do Botânico, na USP, na UFPE e no Emílio Goeldi, estava sempre envolvida com alunos que traziam importantes questões para discussão e propiciavam o trabalho coletivo, com ajuda mútuas entre eles e me auxiliando nas atividades de campo, laboratório, herbário e mesmo da organização de projetos. Foram períodos gratificantes e com um envolvimento saudável.
A dedicação de uma vida inteira à ciência exige persistência. Quais foram os maiores desafios que enfrentou como pesquisadora — tanto no cotidiano do trabalho quanto no reconhecimento da importância da pesquisa pública?
Sim, uma vida inteira de dedicação ao estudo das plantas que requer um trabalho minucioso e cuidadoso, além de nem sempre termos resultados rápidos pela própria metodologia adotada, os recursos muitas vezes escassos, fato que acompanhei ao longo dos anos na instituição com um radical enxugamento do orçamento do estado destinada à pesquisa, além da falta de uma política voltada ao Meio ambiente são desafios constantes, requerendo um maior compromisso com a pesquisa científica, na certeza que ela é o alicerce para fornecer o conhecimento básico e aplicado para a melhoria da qualidade de vida, saúde, preservação do meio ambiente, educação e o lazer. Isso requer uma conscientização global dos governantes e da sociedade, levando-se em conta que a natureza não nos pertence, mas que somos parte dela e sem preservá-la aonde chegaremos?
A senhora destaca que a pesquisa pública tem um valor social imenso, justamente por ser feita sem interesses privados. Que papel acredita que instituições como o Instituto de Botânica e o Instituto Biológico desempenham na defesa da ciência e no serviço à sociedade?
Uma sociedade bem-informada é proveniente de uma mudança de paradigma, de escolas que preparem crianças e jovens para uma sociedade saudável e consciente do papel que exercemos aqui no Planeta. A qualidade da água, a conservação da biodiversidade, proteção do solo e reciclagem dos resíduos são condições urgentes a serem consideradas e praticadas por cada cidadão. As instituições de pesquisa a meu ver podem ser mais efetivas com trabalhos com a sociedade e o público, com líderes que tragam uma política que olhe a ciência não desvinculada das questões sociais, ambientais, éticas e de saúde física e mental. Não há mais tempo a adiar estas medidas, os recursos não faltam, eles são mal distribuídos. Lamentável.
Diante das dificuldades enfrentadas pela carreira de pesquisador — a escassez de investimentos, o pouco reconhecimento e as ameaças de desmonte e privatização —, como a senhora enxerga o futuro da pesquisa científica no estado de São Paulo e no Brasil? Como os cientistas e a sociedade devem reagir a isso?
Até o momento falei de progresso, conquistas e muita satisfação em relação à pesquisa. Após minha aposentadoria vi com tristeza a privatização do Jardim Botânico, desvinculando-se do Instituto de Botânica. E recentemente o governo sem reconhecer o valor da ciência e sem consultar à Classe de pesquisadores Científicos, cuja carreira completou 50 anos, extinguiu a carreira que envolve os Institutos de Pesquisa do Estado de São Paulo, e que desenvolvem pesquisa de excelência nas áreas da Saúde, Meio Ambiente, Biodiversidade e Agronomia. Não tenho outras palavras a não ser tristeza e decepção. Especialmente para os pesquisadores mais antigos que estão sem saber a real situação com esta mudança radical. A aprovação do PLC 9, que recentemente passou pela ALESP, acaba com a atual carreira do Pesquisador Científico, sendo um retrocesso de tudo que foi conquistado durante os 50 anos da Associação dos Pesquisadores do Estado de São Paulo (APQC). Mudanças podem vir para melhorar o desempenho, mas a consagrada classe do Pesquisador Científico poderia ter sido ouvida com mais cuidado. Dentre os prejuízos, a carreira perde sua principal característica, de ser avaliada por cientistas, uma comissão (CPRTI) escolhida pelo mérito científico pelos pesquisadores, perde se perde o Regime de Tempo Integral que equipara a carreira com as Universidades, além da mudança de dificultar e prejudicar o acesso na carreira com criação de intervalos muito longos entre os distintos níveis, dentre outros prejuízos que ainda nem sabemos ao certo o quanto nos afetará, tanto os da ativa como os aposentados. O clima é de desânimo, impotência e muita incerteza quanto ao futuro. Não apenas no que diz respeito aos nossos direitos adquiridos, mas o que será da pesquisa no Estado e o prejuízo que trará para o desenvolvimento científico do Estado e do Brasil? Além disso, sem concursos ao longo do tempo para os cargos de pesquisador científico e pessoal de apoio à pesquisa, um grande esvaziamento vem ocorrendo no quadro de funcionários dos Institutos. Muitas lacunas se acentuarão nas áreas de especialização e consequentemente a produção será muito afetada. A visão para o futuro é incerta, mas a esperança é que haja mais conscientização tanto da classe política, como o maior envolvimento da pesquisa realizada no Institutos com a sociedade. Na luta pela carreira do pesquisador tivemos apoio de vários deputados conscientes da importância da pesquisa, mas infelizmente forças antagônicas e interesses políticos suplantaram a luta travada em prol da ciência no Estado. Concluo com a palavra Esperança, desejando que possamos sobreviver a todas as dificuldades e que novos caminhos se abram no futuro para o Desenvolvimento Científico do estado e do País.
Entrevista concedida a Bruno Ribeiro, para a APqC, em novembro de 2025