A farinha de batata-doce da marca Jaózinho, produzida em Uberaba, Minas Gerais, foi escolhida como produto representativo do Geoparque Uberaba – Terra de Gigantes na cerimônia que celebra a criação de novos Geoparques Mundiais da UNESCO. O evento foi realizado no dia 2 de junho, em cerimônia de celebração dos novos Geoparques Mundiais, na sede da UNESCO, em Paris.
A história teve início no ano passado, quando a produtora Nilva Borges Pedrosa, então criadora de gado de corte, assistiu a uma reportagem do Instituto Agronômico (IAC) exibida durante a Agrishow de 2024. A matéria destacava o potencial da cultivar de batata-doce de polpa alaranjada com alto valor nutricional e boa adaptação ao clima tropical desenvolvida pelo IAC.
Nilva então foi atrás de apoio técnico para implementar a cultivar. A ideia inicial era plantar 1,8 mil mudas em um hectare. Porém, o tempo e o conhecimento adquirido a levaram a produzir as próprias mudas e, atualmente, Nilva conseguiu implantar um sistema de 12.800 pés de batata-doce em um hectare. E, apesar de enfrentar condições climáticas adversas como a estiagem severa, a agricultora encontrou alternativa na produção de farinha, a partir das raízes menos comerciais para o consumo in natura.
O produto ganhou identidade própria e passou a ser comercializado com o nome Jaózinho. A elevada qualidade nutricional da farinha, com destaque para o alto teor de fibras alimentares (9,21 g/100g) e proteínas, características valorizadas em alimentos funcionais, foi comprovada por análises laboratoriais realizadas pelo CETAL (Centro Tecnológico de Análise de Alimentos Ltda).
O alto valor nutricional da farinha Jaózinho, aliado ao fato de ser um autêntico geoproduto, motivou sua escolha pela presidente do Geoparque Uberaba, Paula Cusinato, como representante oficial da Instituição no lançamento do novo Programa de Gastronomia da Rede Global de Geoparques Mundiais.
“A UNESCO em Paris certificará a farinha de batata-doce como alimento desenvolvido pela parceira do IAC/Dona Nilva de Uberaba”, afirma Valdemir Antonio Peressin, um dos pesquisadores responsáveis da equipe do IAC, da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.
Com informações do IAC
