A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) participou do seminário “O Negacionismo Científico e os Ataques à Pesquisa em São Paulo”, realizado nos dias 24 e 25 de setembro, na Unicamp. O evento reuniu pesquisadores, docentes, jornalistas e representantes de entidades acadêmicas e sindicais para debater o avanço do negacionismo e seus impactos sobre a ciência e as universidades públicas.

Organizado pela ADunicamp, em parceria com a APqC, o portal Radar Democrático e a Seção Sindical Campinas e Jaguariúna do SINPAF, o seminário discutiu como o discurso negacionista — que ultrapassa a desinformação e se estrutura como projeto político de setores da extrema-direita — busca enfraquecer as instituições públicas e abrir espaço para interesses ideológicos e econômicos.

A APqC esteve representada por sua presidenta, Helena Dutra Lutgens, que participou da mesa de abertura e reafirmou o compromisso da entidade com a defesa das universidades e institutos públicos de pesquisa, destacando a importância da união entre as instituições e da busca por estratégias conjuntas de enfrentamento aos ataques à ciência.

Nas mesas seguintes, representantes de entidades como ADunicamp, Adusp, Adunesp e SINPAF destacaram a necessidade de retomar o diálogo com a sociedade e demonstrar o papel social da ciência e o retorno que a pesquisa pública oferece à população. Para eles, enfrentar o negacionismo exige reconstruir a confiança social nas instituições e ampliar a comunicação com os diversos segmentos da sociedade.

O seminário evidenciou o papel central da APqC e das entidades parceiras na construção de uma agenda comum de defesa da ciência, da pesquisa pública e do conhecimento como patrimônio coletivo do povo brasileiro.

Foto: Comunicação ADunicamp