Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo

Atua na defesa dos Institutos Públicos de Pesquisa Científica do Estado de São Paulo

APqC defende ativação do Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia para fortalecer a pesquisa em São Paulo 

Associação participou de reunião com o procurador-geral do Ministério Público de São Paulo, na qual uma representação foi protocolada pedindo regulamentação do CONCITE 

Campinas, 12 de dezembro de 2024 – A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) defendeu, em reunião com o procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira Costa, que o Ministério Público atue para ativar o Conselho Estadual de Ciência e Tecnologia (CONCITE). Previsto na Constituição, com o objetivo de formular e acompanhar a política estadual científica e tecnológica, o colegiado está inoperante e sem atualização de um plano diretor para a ciência paulista desde março de 2014, data da última ata. 

“O Estado de São Paulo tem a maior estrutura de pesquisa do Brasil, com 17 Institutos Públicos, além das universidades, que atuam na agricultura, saúde e meio ambiente, mas não há uma diretriz que oriente os caminhos desta produção de conhecimento”, explica Addolorata Colariccio, vice-presidente da APqC.  

A reunião, na sede do MP-SP, em São Paulo, foi uma iniciativa da Frente Parlamentar em Defesa das Universidades Públicas e Institutos de Pesquisa, da Assembleia Legislativa de São Paulo. No encontro, a deputada estadual Beth Sahão (PT), que preside a Frente, protocolou uma representação solicitando intervenção dos promotores.  

O documento aponta que o CONCITE deveria ser criado por lei específica, mas sua ativação se deu por decreto, contrariando a Constituição Estadual. Além do procurador-geral, também participaram da reunião o subprocurador-geral, Roberto Barbosa Alves, e a subprocuradora de estratégia e inovação do MP-SP,  Carmen Pavão Kfouri. 

“Temos que proteger os servidores e as pesquisas que eles realizam, que são importantíssimas para o desenvolvimento do Estado. Uma das razões do crescimento todo de São Paulo é justamente aquilo que ele investiu ao longo de anos na pesquisa, na inovação tecnológica, na ciência”, afirma a deputada. 

Sucen 

A reunião também discutiu a situação da estrutura da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen), órgão responsável pelas pesquisas com vetores no campo e na cidade e que foi extinto em 2020. Em ofício, a parlamentar solicitou informações sobre um procedimento já instaurado pelo Ministério Público, que objetiva a reestruturação do Instituto Pasteur, de forma a contemplar as atividades da extinta SUCEN na Capital e no Interior. 

Conforme denunciado pela associação,  a alocação do quadro pessoal da extinta SUCEN em diferentes estruturas administrativas acarreta a perda de sinergia, organização e prejuízos para o desempenho dos trabalhos, e, a melhor solução seria que todos os funcionários estivessem vinculados a gestão única de um órgão da SES-SP,  sendo imprescindível a reestruturação administrativa do Instituto Pasteur. 

Em março deste ano, o promotor Arthur Pinto Filho se reuniu com representantes da APqC e da Secretaria de Estado da Saúde para discutir uma possível reestruturação do Instituto Pasteur para abrigar as pesquisas da Sucen.  

No documento entregue ontem ao MP-SP, a deputada também solicitou que “sejam prestadas informações sobre a elaboração do inventário do patrimônio físico e científico no momento em que ocorreu a extinção da autarquia”. 

Mais informações:

apqc.org.br  

Marcelo Nadalon    

marcelo.nadalon@agenciafr.com.br    

11.96632-6689   

Márcia Bernardes   

marcia.bernardes@agenciafr.com.br   

17.98147-0223

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