Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo

Atua na defesa dos Institutos Públicos de Pesquisa Científica do Estado de São Paulo

Variedades desenvolvidas pelo IAC impulsionam expansão da soja em SP e MG

Cultivada há mais de 100 anos no Brasil, nas últimas décadas o plantio da soja ganhou um importante espaço comercial também nas lavouras de São Paulo e Minas Gerais.

Quando se fala em produção nacional, os números são ainda mais expressivos. De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a previsão para a safra 2024/2025 é de um recorde de 322,53 milhões de toneladas. Se confirmado, o número representará uma alta de 8,2% em relação ao ciclo anterior.

Em São Paulo, o cultivo do grão ganhou destaque até mesmo entre produtores de outras culturas, como na reforma de canaviais. No interior do estado, a cultura trouxe benefícios econômicos, ambientais e sociais. Atualmente, mais de um milhão de hectares estão destinados ao cultivo da soja no estado.

Se no campo os produtores encontraram uma nova fonte de renda, nos laboratórios, as pesquisas avançaram para apoiar essa evolução.

Denizart Bolhonhezi, pesquisador do Instituto Agronômico de Campinas (IAC), estuda a soja há mais de 30 anos e explica que o desenvolvimento de novas variedades foi crucial para o avanço da produção, especialmente porque não existiam boas opções para o cultivo em áreas tropicais.

“Poucas culturas tiveram um incremento de produtividade tão expressivo, e a soja apresenta esse ganho genético. Porém, o manejo também é importante”, afirma.

Em Minas Gerais, o avanço também foi significativo. Nos últimos dez anos, a área cultivada quase dobrou, ultrapassando dois milhões de hectares. Apesar da intensa volatilidade nos preços, o “agronegócio soja” continua sendo uma opção atrativa para produtores de regiões mundialmente conhecidas como terra do café, como no caso do Sul de Minas.

Na Cooperativa Agropecuária de Machado (MG), que conta com quase quatro mil produtores de várias culturas, a soja se tornou um dos principais negócios nos últimos dez anos. Já em Alfenas (MG), a capacidade de armazenamento chega a 750 mil sacas, que posteriormente são vendidas ao mercado internacional.

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Com informações da EPTV

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