O Centro de Tecnologia de Frutas e Hortaliças (Fruthotec) do Instituto de Tecnologia de Alimentos (Ital-Apta), está com inscrições abertas para a 25ª edição do Curso de Industrialização de Palmito em Conserva, que será presencial de 13 a 15 de agosto – confira a programação e inscreva-se clicando aqui.

Por sua importância para a indústria nacional e internacional de palmito e fomento à economia do Vale do Ribeira, principal região produtora do Pupunha, a equipe do Fruthotec foi homenageada durante a 29ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação (Agrishow), representada pela diretora da unidade técnica e coordenadora do curso, Shirley Berbari.

“O Ital se orgulha de cumprir seu papel fazendo com que a sociedade tenha acesso a alimentos seguros e de qualidade”, frisa a pesquisadora, lembrando que a capacitação surgiu a partir da necessidade de redução de riscos de intoxicação por botulismo através da formação de agentes da vigilância sanitária e técnicos especializados para as indústrias processadoras de palmito em conserva. Segundo Shirley, cerca de 500 profissionais de todo o Brasil foram certificados desde a criação do curso, há 25 anos.

Cabe ressaltar que o corpo técnico do Fruthotec foi responsável por elaborar o padrão internacional de palmito em conserva para o Codex Alimentarius e estabelecer os limites de segurança para a legislação brasileira, que passou a exigir a presença de um responsável técnico especializado para que todos os processos nas fábricas de palmito em conserva fossem controlados. Esse regulamento também reconheceu o Ital como instituição autorizada a realizar esse tipo de treinamento.

O Instituto já realizava pesquisas para o cultivo e tratamento técnico do palmito Pupunha desde a década de 60 diante do risco de extinção do palmito Juçara por conta do extrativismo e em 1997 lançou um livro sobre industrialização do palmito Pupunha em colaboração com o Instituto Agronômico (IAC-Apta).

Os avanços regulatórios motivaram a oferta contínua de assistência técnica para a indústria, incluindo projetos para implantação de linhas de processamento e análises do produto final, como também de capacitação teórica e prática em planta-piloto exigida para garantir o nível desejado de qualidade e segurança, em termos de saúde pública.

A atual coordenadora do curso fez parte do grupo de trabalho que elaborou a legislação nacional e integrou a delegação brasileira que participou da 24ª Sessão do Codex Alimentarius, realizada nos EUA em 2008, para alterar o padrão para palmito em conserva e incluir a industrialização do Pupunha. Em 2016, a resolução passou por uma nova atualização, permitindo a conserva do palmito em embalagem flexível. “É uma ação contínua da instituição em prol de um produto que tem importância para o País”, ressalta Shirley.

Com informações do Ital

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